We describe adults, tadpoles, and vocalization of a new Amazonian species of Colostethus from a terra firme rainforest locality south of the Amazon River near Manaus, Amazonas, Brazil. This species is characterized by the absence of dorsolateral and ventrolateral stripes, the presence of a short, diffuse oblique lateral stripe, Finger III of male not swollen, and the presence of a black or gray throat in the male. In addition, the new species is larger than three other species in the Amazon region (C. caeruleodactylus, C. marchesianus, and C. stepheni) and its call, typically composed of long bouts of continuous notes, is distinct from these three species. This species is the fourth known Colostethus with an endotrophic tadpole; in three of these species, including C. nidicola, eggs are deposited and develop entirely in a terrestrial nest. Clutches of C. nidicola are composed of about three eggs and are placed in leaf litter on the forest floor. Whether C. nidicola is closely related to any of the other three species with endotrophic tadpoles is unknown at present. A phylogenetic analysis of this group of frogs will be necessary to detect whether endotrophy has evolved once or multiple times. Examination of tadpoles of C. nidicola and comparisons with characters reported for the other three species that have endotropic tadpoles revealed that tadpoles within each species have unique combinations of characters or loss of characters. Endotrophic tadpoles have not been reported for any other dendrobatids.
Neste estudo nós descrevemos os adultos, os girinos e a volcalização de uma nova espécie de Colostethus da Amazônia central, de uma localidade de floresta tropical de terra firme ao sul do rio Amazonas, próxima a Manaus, Amazonas, Brasil. Essa espécie é caracterizada pela total ausência de faixas dorsolaterais e ventrolaterais, pela presença de uma curta e difusa faixa lateral oblíqua. Os machos apresentam o dedo III não dilatado e coloração preta ou cinza na região gular. Além disso, a nova espécie é maior que as outras três da região amazônica brasileira, C. caeruleodactylus, C. marchesianus, e C. stepheni, da quais difere tambén quanto a vocalização, com um canto, tipicamente composto de uma longa série de notas contínuas. Essa é a quarta espécie conhecida de Colostethus com um girino endotrófico; em três delas, incluindo C. nidicola, os ovos são depositados em um ninho terrestre onde se desenvolvem por completo. Ninhadas de C. nidicola são compostas de cerca de três ovos, geralmente colocados no folhiço do chão da floresta. Ainda não se sabe se C. nidicola é mais próximo de qualquer uma das outras três espécies com girinos endotróficos. Uma análise filogenética é necessária para detectar se a endotrofia surgiu uma ou mais vezes no grupo. A observação dos girinos de C. nidicola e sua comparação com características previamente atribuídas às outras três espécies com girinos endotróficos mostraram que os girinos de cada uma das espécies possuem uma combinação única de presença ou ausência de caracteres. Girinos endotróficos não foram encontrados em nenhum outro dendrobatídeo.